quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Como usar parca


Não diferente ao comportamento humano, a moda assume uma rotina cíclica; ainda que haja mudanças, sempre há elementos que permanecem: os chamados clássicos no vestuário – que ressurgem conforme a linguagem do momento. Mesmo se tratando de uma peça esportiva, a parca é um desses itens clássicos, indispensáveis no guarda-roupa.

Parca significa “pele de animal”, também encontrada em nomenclaturas como anorak, snorkel parca, parca fishtail, cagoule, entre outros; cada qual apresentando uma singularidade, dividindo a peça em algumas categorias de usos – e aprender sobre essas variedades serve de auxílio na hora de adquiri-la e combina-la em looks.

O primeiro modelo é a anorak, desenvolvido para os esquimós. Ela é mais grossa e é revestida de couro para ser capaz de aquecer sob temperaturas extremamente baixas e proteger da umidade. Apesar de ser considerada parca, sua modelagem foge um pouco da conhecida atualmente, que é semelhante à anexada aos uniformes da infantaria do exército inglês durante a segunda guerra mundial: na altura do quadril, sem volume, com forro de lã e capuz; sob nome snorkel parca, pelo fato de o capuz fechar deixando apenas uma pequena abertura.

O sucesso do modelo no exército auxiliou o seu desenvolvimento como uniforme de guerra, pois era necessário manter os militares aquecidos, só que a peça ser leve, dando-lhes agilidade de combate. Originaram-se então outros modelos como o USA-N3B, a parca fishtail M-51 (militar de 1951) e M-65 (militar de 1965) o qual possui a modelagem avulsa do capuz.

A parca passou a ser produzida em nylon durante a década de 50, em popeline em 59 e na década de 70 foi construída com poliéster, tornando-se ainda mais leve, difícil de amassar e sujar.

Em 1959, a parca foi lançada como “must-have” (peça tem-que-ter) pela Vogue. Foi a primeira atribuição ao vestuário feminino, embora o aspecto esportivo ainda não se encaixasse com a feminilidade do estilo lady like. Foi durante a década de 60, com os jovens do movimento mod (modernismo), que a peça se popularizou.

Após um longo período de declínio no uso, a partir da década de 90, a parca retomou sua utilidade no vestuário feminino; ainda preservando o aspecto militar, principalmente pelos benefícios que a peça oferece: impermeabilidade, conforto térmico, versatilidade e leveza. Entretanto, o modelo ainda é de difícil adequação às outras peças do guarda-roupa das mulheres.


Pode-se dizer que atualmente o vestir ganhou um novo status: as peças não precisam pertencer ao mesmo segmento ou categoria de uso para serem coordenadas. A estética é outra e o uso é livre (claro que sempre atrelado ao bom senso). Na escolha do que vestir, o único fator que não pode ser desconsiderado é o equilíbrio. Para conseguir esse efeito, confira algumas dicas que podem simplificar suas escolhas ao montar looks com parca.

  • Ao fazer uso de uma parca com modelagem muito ampla, dê preferência a outras peças com modelagens mais esguias – calças com modelagem skinny e leggings, por exemplo. 
  • Para fugir do aspecto esportivo no uso de parca com jeans, invista nos componentes: calçados diferentes, lenços, acessórios; ou seja, tudo o que possa agrega valor ao look. 
  • Parcas confeccionadas com tecidos mais finos ou sem mangas permitem o uso de sobreposições de peça com camisas, coletes, vestidos, etc. 
  • Nada impede o uso de parca com roupas curtas como vestidos, saias e shorts; mas de preferência o comprimento deve ser similar ou maior que a parca, para não achatar o corpo. 
  • A parca é tradicionalmente verde musgo – não há regras para coordenação de cores – tudo depende do perfil da mulher. As mais ousadas combinam as parcas com cores fortes e quentes. Caso não goste de arriscar, a sugestão é combiná-la com estampas que possuam cores neutras ou tons da mesma família que o musgo (cores queimadas, de outono). 
  • Alguns modelos de parca seguem o padrão camuflagem. Para coordená-la à outras peças, é necessário que elas sejam em uma das cores da estampa camuflada.
Fonte: Papo de Lady 

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